terça-feira, 1 de maio de 2012

Tatu-bola, o mascote da Copa do Mundo de 2014




Foto arquivo da internet


Em 2014, o Brasil sediará a Copa do Mundo. E como tudo está sendo organizado, já temos o mascote oficial, o tatu-bola. O tatu-bola cientificamente é conhecido como (Tolypeutes tricinctus), um tipo de animal tipicamente em extinção desde 1990, cuja sua origem é do Cerrado e Caatinga brasileira, tido hoje como uma das espécies vulneráveis da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). O tatu-bola esta na lista de espécie em extinção devido a caça predatória e a perda de seu habitat natural nessas regiões.

Segundo a Associação Caatinga, com a escolha do tatu-bola para mascote da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, espera-se uma iniciativa positiva para estudos e proteção da espécie que esta diretamente ligada à simbologia da maior paixão do brasileiro; o futebol.


O curioso do tatu-bola, é que quando ele se sente ameaçado por um predador, se curva sobre seu próprio corpo, assumindo a forma de uma bola, graças a sua anatomia e a sua fisiologia. A estrutura óssea desse animal não permite ninguém abri-lo com as mãos. Mas mesmo assim, o tatu-bola não escapa da caça no Cerrado e na Caatinga brasileira e os números assustam. Nos últimos 10 anos a espécie reduziu para mais de 30%. Outro problema deve-se a expansão agrícola acelerada, que varia para a plantação de cana-de-açúcar, hortaliças e soja. Essa espécie não sobrevive às mudanças ambientais, uma vez que um tatu-bola fêmea consegue produzir de um a dois filhotes por ninhadas.


O tatu-bola necessita de uma média de um quilometro quadrado para viver, ele precisa espaço e a sua cadeia alimentar é à base de muita formiga. Vale lembrar que o tatu-bola por longos anos foi fonte de alimento a população pobre da Caatinga.



Fonte: Caderno Planeta Terra do Jornal O Globo (março 2012)